Nos primeiros meses de vida, a mãe é a principal fonte de transmissão de microrganismos para o bebé, tendo um papel importante no desenvolvimento e na saúde do seu filho.
O nosso corpo está repleto de milhões de micróbios por todo o seu corpo. Ao conjunto de todos estes micróbios chamamos Microbioma. O nosso microbioma tem funções fundamentais, nomeadamente na digestão de alimentos, produção de vitaminas e prevenção da aquisição de microrganismos indesejáveis. Para além disto, o nosso microbioma também nos ajuda a fortalecer o sistema imunitário, sendo essencial para o desenvolvimento das nossas defesas.
Muitos cientistas acreditam que começamos a contactar com microrganismos ainda no útero das nossas mães! Sabemos que, desde o parto, a mãe tem um papel muito importante na transmissão dos seus micróbios ao bebé. Assim, nossos primeiros meses de vida, muitos dos micróbios que vão conviver connosco vieram da nossa mãe. Esta transmissão, também denominada de transmissão vertical, continua ao longo da infância através de comportamentos como os beijos, amamentação, partilha de utensílios comuns, entre outros.
No entanto, nem todas as mães têm um microbioma equilibrado, sendo que a isto chamamos disbiose. Assim, os micróbios transmitidos ao bebé podem não ser os que correspondem a uma microbiota saudável, o que poderá ser desfavorável para o bebé. Pode ocorrer, por exemplo, um aumento do risco de desenvolvimento de algumas doenças, como alergias ou obesidade.
Por este motivo, é fundamental estudar e detetar alterações no microbioma da mãe e do bebé, porque só assim se poderá atuar de forma preventiva para melhorar a saúde de ambos!
Autoria
Conceção da ideia, composição do texto e execução gráfica: Maria João Azevedo
Academic Center for Dentistry Amsterdam, University of Amsterdam and Vrije Universiteit
Ficha técnica
Trabalho construído utilizando o Microsoft PowerPoint Professional Plus 2019 e o software Inkscape 1.0.1. Todos os elementos são originais. A autora agradece o financiamento da FCT pela bolsa SFRH/BD/144982/2019.
Este trabalho recebeu uma menção honrosa na 2ª edição do concurso “Comunicação de Ciência em Microbiologia”, na categoria “Júnior”.
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